Na quarta-feira, 12/02, estive no Divina Comédia para fotografar o show do Sweet Leaf, banda que trouxe toda a força do Black Sabbath para Porto Alegre.
Mas, no domingo de manhã, o cenário foi completamente diferente: em vez de guitarras distorcidas e riffs pesados, o que capturei foi a presença imortal de Elis Regina, representada em sua estátua no Gasômetro.
Essa mudança de ambiente me fez refletir sobre a força da música em suas múltiplas formas. Se o rock e o metal são explosivos e carregados de energia, a MPB pode ser igualmente intensa, mas de uma forma mais introspectiva.
A música sempre teve um papel central na cultura gaúcha. De Teixeirinha ao rock pesado das bandas underground, de Engenheiros do Hawaii a Krisiun, o estado sempre produziu artistas que marcaram época.
A Elis Regina, nascida em Porto Alegre, é um dos maiores exemplos dessa força artística.
Conhecida por sua interpretação apaixonada, Elis não apenas cantava—ela vivia cada música.
Seu talento era visceral, sua presença de palco era intensa, e sua voz carregava emoções que poucos artistas conseguiram transmitir.
Fotografando o Monumento de Elis Regina no Gasômetro
A estátua de Elis no Gasômetro não é apenas uma homenagem, mas um símbolo de como a música transcende o tempo.
Enquanto fotografava a escultura, senti a mesma conexão que tive no show de rock dias antes: a música continua viva, seja em um palco lotado ou em um monumento silencioso.
O Gasômetro é um dos lugares mais icônicos de Porto Alegre, tirar fotos no lugar, com o Rio Guaíba ao fundo, cria um contraste fascinante.
No rock, a intensidade vem do som. Na MPB, ela vem da poesia. Mas, no fim, ambas carregam um peso emocional imenso.
Um Espectro de Emoções e Cores
Cada artista é uma cor diferente no espectro musical. O Sweet Leaf representa o lado enérgico e visceral da música. Elis Regina, com sua MPB carregada de emoção, representa a profundidade e a interpretação intensa.
A fotografia nos permite capturar essa diversidade. Seja no calor de um show ou na contemplação de um monumento.
Dois momentos completamente diferentes, mas conectados por algo maior: a música como uma experiência atemporal.
O Legado de Elis Regina: A Voz Que Não Se Apaga
Elis é um símbolo da música brasileira, com uma carreira que atravessou décadas e continuou a inspirar gerações.
Sua obra vai além das interpretações perfeitas de clássicos da MPB. A força de sua voz e sua entrega ao público são o que a tornam imortal.
Foi com esse pensamento que me dirigi ao Gasômetro. Lá a imagem da cantora parece estar de volta ao palco, mais viva do que nunca.
Não está apenas eternizada em forma de bronze, mas também na memória coletiva dos brasileiros.
Ao observar sua estátua, fiquei refletindo sobre o poder que a música tem de criar laços, de unir as pessoas em torno de uma ideia, uma emoção.
As artes tem o poder de transcender qualquer barreira, seja de classe social, política ou geração.
Essa é a grande beleza da música em qualquer forma, seja em uma letra dolorida de Fado, nas canções de Bossa Nova, ou em um grito de libertação que vem dos riffs do rock e heavy metal.
A Imagem como Testemunha do Legado Musical
Como fotógrafo, cada trabalho que faço é uma maneira de capturar e preservar o espírito de uma época, uma arte ou uma expressão cultural.
Alem de tirar fotos de um monumento; estava, na verdade, tentando capturar o legado imortal que uma artista deixou para todos nós.
O monumento, com seu olhar sereno e imponente, evoca a presença de uma mulher que dedicou sua vida a emocionar seus seguidores.
Porto Alegre, como cidade, possui uma enorme tradição musical e uma identidade cultural única, refletida nas várias manifestações artísticas que surgem a cada dia.
Por mais que o rock e a MPB pareçam distantes, ambos têm uma coisa em comum: eles são expressões genuínas de identidade, da cultura e das vivências.
O Rio Grande do Sul tem um papel fundamental na música brasileira, e Elis Regina é a prova viva de como a arte, quando feita com sinceridade, atravessa o tempo e continua a influenciar gerações.
E é assim que vejo a música—como algo que não pode ser realmente “fotografado” apenas pela câmera, mas sim pelo coração. Para quem sente a música, ela está sempre presente.
Fotografar artistas é um privilégio, e me sinto grato por poder registrar esses momentos.
Agora, mais do que nunca, posso ver o poder da fotografia como uma forma de eternizar sentimentos, essa magia que existe entre o artista, a música e o público.
Se você também sente que a sua música merece ser registrada dessa maneira única, não hesite em entrar em contato.
Vamos juntos capturar a essência da sua arte para que ela possa viver eternamente, assim como todos os grandes artistas que marcaram a história da música.
Cada momento é uma oportunidade de capturar o que é mais profundo e eterno.
Eu estou aqui para ajudar você a fazer isso. Se a sua banda, projeto ou ideia precisa de um olhar que entenda e respeite o que você quer transmitir, estou à disposição para registrar os momentos épicos da sua jornada.
Porque, assim como Elis, a música de cada um de nós merece ser eternizada.
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