Strangesmiths no Divina: O Tributo Que Morrissey Amaria e Que Fez Porto Alegre Viajar No Tempo

Fotografar música sempre foi uma das minhas paixões. Seja capturando a energia de um show ao vivo ou a presença imponente de um monumento como a estátua de Elis Regina, a conexão entre imagem e som sempre me fascina. 

Dessa vez, tive o privilégio de fotografar mais um show incrível no Divina Comédia, o mesmo palco onde presenciei a apresentação memorável da Sweet Leaf. Mas agora, a noite era toda da Strangesmiths, uma banda que nasceu para prestar um tributo apaixonado ao The Smiths.


A Strangesmiths foi formada no final de 2023, e a ideia surgiu do vocalista Eduardo Hoy, que sempre teve um carinho especial pelo The Smiths. 


Para encontrar os integrantes certos, ele espalhou cartazes na UFRGS, chamando músicos que compartilhassem a mesma paixão. 

Assim, se uniram Maycon Trindades na guitarra, Carlos Petersen no baixo e João Madrid na bateria. 


Desde o início, a banda teve uma preocupação muito grande com a estética e a fidelidade sonora, buscando recriar ao máximo a experiência de um show do The Smiths. E posso dizer com tranquilidade que eles alcançaram esse objetivo com maestria.

Antes do espetáculo principal, a banda Cosmos subiu ao palco para esquentar o público, trazendo um set recheado de clássicos do Queen e algumas músicas do Pink Floyd. 

Mas o grande momento da noite começou quando a Strangesmiths assumiu o palco. Eu, que conhecia pouco do repertório original da banda britânica, fui completamente fisgado pela energia e entrega dos músicos. 


Algumas músicas já me eram familiares, como "There Is a Light That Never Goes Out", que conheci por conta do filme 500 Dias com Ela, e "Cemetery Gates", que alguma vez ouvi no rádio. 

Mas, ao longo do show, com um repertório de 30 músicas, me vi mergulhando de cabeça no universo sonoro do The Smiths, como se estivesse redescobrindo um clássico esquecido.

Logo nos primeiros minutos, Eduardo Hoy mostrou a que veio. Sua presença de palco é magnética. 

Ele não apenas canta—ele incorpora a essência do The Smiths, com uma expressividade que beira o teatral. A explicação? Além de músico, ele também é ator, e isso se reflete intensamente na sua performance.


Entre as fotos que tirei, dá para perceber como seu rosto se transforma a cada música, como se fosse tomado pelo espírito da banda. Sua energia é contagiante, e a conexão com o público foi imediata.

Maycon Trindades, na guitarra, trouxe uma precisão impressionante. O som da guitarra é uma das marcas registradas do The Smiths, e ele soube reproduzir essa identidade com perfeição.

O baixista Carlos Petersen e o baterista João Madrid complementaram o espetáculo com uma base rítmica impecável, sustentando cada canção com firmeza e musicalidade.

O entrosamento dos quatro músicos era evidente—um show desse nível só é possível com muito ensaio, dedicação e respeito pela obra original. E isso, sem dúvida, a Strangesmiths tem de sobra.


O que mais me fascina ao fotografar shows é captar a entrega total dos músicos no palco. 

Como músico, sei bem o que significa aquele momento: estar ali, diante de um público que sente a música na pele, é algo transcendental.

E, quando se trata de uma banda cover, esse sentimento se intensifica. Não é apenas sobre tocar músicas de outra banda; é sobre prestar um tributo, sobre carregar uma herança musical adiante. 

Strangesmiths fez isso de forma magistral. O público percebeu essa paixão e respondeu à altura, cantando junto, dançando e vivendo cada acorde.


Entre os momentos mais marcantes, um detalhe cômico que não poderia deixar de mencionar: em meio à empolgação geral, um fã exaltado começou a pedir "Purple Rain", de Prince.


Talvez tenha sido efeito da bebida, ou talvez ele tenha se deixado levar pelo carisma de Maycon na guitarra, que exalava aquela essência de rockstar. 

Seja como for, o pedido arrancou risadas do público e se tornou uma daquelas histórias curiosas que fazem parte da magia de um show ao vivo.


O show foi longo e intenso. Mesmo depois de duas horas de apresentação, o público queria mais. 

Eu, que no início conhecia pouco do The Smiths, saí de lá completamente convertido. Algumas músicas ficaram na minha cabeça, mas a que mais me pegou de jeito foi "Bigmouth Strikes Again". 

Desde então, ela entrou para minha playlist e tem tocado em loop no meu Spotify.


O show da Strangesmiths conquistou um lugar especial no meu coração. Além de excelentes músicos, os caras são gente boa demais, e foi um privilégio poder registrar esse momento único. 

Espero sempre ter a chance de trabalhar com eles novamente e, da próxima vez, já vou conhecer pelo menos metade do repertório





















@edumtrbiz A noite foi pura emoção com a @strangesmiths trazendo à vida os clássicos do The Smiths! 🎸✨#Strangesmiths #TheSmiths #RockAlternativo The Smiths - Bigmouth Strikes Again (Live London 1986)

Cada show é único, uma história contada em música, luz e emoção. 

Se você quer eternizar esse momento com fotos e vídeos que capturam a alma da sua performance, entre em contato comigo pelo WhatsApp abaixo. 






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